58º Congresso Brasileiro de Esperanto

O Brasil é uma miscelânea de culturas. Ele abriga a maior população negra fora da África, japonesa fora do Japão, italiana fora da Itália, a quantidade de libaneses no país é quase o dobro da de libaneses no próprio Líbano. Mas, diferente de em outros países, o Brasil costuma assimilar esses novos povos e suas culturas. A miscigenação brasileira é uma realidade inquestionável. Os ditos pardos, que são oriundos de misturas étnicas, perfazem o mesmo percentual da maioria branca, cerca de 45% ambos.

Essa integração não se mostra apenas nos rostos, cabelos e cor da pele dos brasileiros, mas também em sua música, sua culinária, suas danças e costumes. Na Bahia, onde a cultura vinda da África é parte sempre presente em todo o nosso cotidiano, essa fusão pode ser notada sem muito esforço. O sincretismo religioso local é um exemplo de assimilação e convivência pacífica.

Esse modelo de integração cultural que acontece em nosso país espelha algo que se encontra no interior do Movimento Esperantista. Pode-se ser ao mesmo tempo um "naciano" e um "homarano". Não precisamos abrir mão de nossa cultura local para experimentar a cultura internacional, aquela que já deixou de estar limitada por barreiras linguísticas ou geográficas.

Pretendemos discutir esses temas em um momento de integração, assimilação, intercâmbios e aprendizados durante nosso 58º Congresso Brasileiro de Esperanto em Salvador.